top of page
Buscar

DOENÇAS

Foto do escritor: LaraLara

Desarmonia entre o espírito e o corpo.


Ninguém gosta de ficar doente. Claro que existem os casos em que uma pessoa, por algum desequilíbrio emocional, sente-se confortável com o estado de adoecimento, até mesmo pelo ganho secundário que pode ser, por exemplo, a atenção da família.


Por definição, compreendemos a doença como a alteração biológica do estado de saúde de um ser, manifestada por um conjunto de sintomas perceptíveis ou não. É a  enfermidade ou moléstia.


Podemos também compreender a doença como a alteração do estado de espírito ou do ânimo de um ser.


Joseph Gléber, pela psicografia de Robson Pinheiro, no livro Além da Matéria, diz que as enfermidades são o resultado da desarmonia entre espírito e corpo. Lógico, portanto, é a necessidade de compreendermos as relações de equilíbrio e desequilíbrio, harmonia e desarmonia ou, seja, de saúde e doença.


As doenças se manifestam basicamente por alguns motivos:


  • antes de reencarnar, o espírito que já tem ciência das suas responsabilidade e que consegue analisar os seus  pontos vulneráveis, solicita a doença como prova, ou como concessão de impedimentos físicos que, no tempo certo, vai imunizá-lo, ante a possibilidade de reincidência nos erros em que está envolvido.


  • pelo desequilíbrio e desarmonia da mente, causados pela própria criatura através dos sentimentos, pensamentos e condutas equivocados. Emmanuel diz no livro Leis de Amor que A mente é mais poderosa para instalar doenças e desarmonias do que todas as bactérias e vírus conhecidos.


  • pela desagregação ou insanidade das próprias forças, pelos crimes e delinquências cometidos, que lesam o corpo espiritual, aparecem as doenças compulsórias, que constrange a criatura a renascer no corpo físico, exibindo defeitos, enfermidades e moléstias congênitas, em quadros de expsiáção aflitiva.


  • pelo desequilíbrio e desarmonia entre o corpo e o espírito, por conta da conduta de hoje do ser, nas atitudes de hoje mesmo, sem qualquer ligação com causas anteriores de existências passadas. Surgem pela imprudência e desmazelo, pela revolta e preguiça. São aquelas doenças que aparecem, por exemplo, nas pessoas que se embriagam a ponto de arruinar a saúde; que fazem uso de drogas; que esquecem a higiene necessária; que se encolerizam pelas menores razões e destrambelham os próprios nervos; que passam todas as horas em redes, camas, poltronas e janelas, sem coragem de vencer a ociosidade e o desânimo pela movimentação do trabalho, prejudicando, assim, a função dos órgãos do corpo físico em razão da própria imobilidade.


Enquanto a educação nos domínios da mente for escassa, a enfermidade irá desempenhar um papel expressivo em nossa vida espiritual.


Na maioria das circunstâncias, somos nós quem lhe pede a presença e o concurso, antes da reencarnação, no campo da existência física, à maneira do viajor, encomendando recursos de segurança para a travessia do mar; e, em ocasiões outras, ela constitui auxílio de urgência, promovido pela bondade dos amigos, que se erigem, nas Esferas Superiores, à condição de patronos da nossa libertação para a Vida Maior. - Chico Xavier por Emmanuel - livro Caminho espírita

As doenças, muitas vezes, tem uma função providencial. Compreendermos de forma mais ampla a enfermidade, enxergando-a como uma benção, e não somente como um obstáculo, faz com que possamos enfrentá-la de forma mais equilibrada.


Por exemplo, aquelas doenças prolongadas podem dificultar que a criatura caia nas tramas de uma obsessão. Outro exemplo são as doenças que se manifestam desde o berço permitindo a melhoria moral do ser. Doenças que aparecem repentinamente, de forma imprevista, podem evitar a queda da alma em compromissos inferiores.


Certo é que ninguém deve abrigar em si mesmo  desequilíbrios orgânicos sob o pretexto de se purificar interiormente.


Emmanuel no livro Pensamento e Vida, psicografia de Chico Xavier, vai nos dizer que ninguém poderá dizer que toda enfermidade, a rigor, esteja vinculada aos processos de elaboração da vida mental, mas todos podemos garantir que os processos de elaboração da vida mental guardam positiva influenciação sobre todas as doenças. Há moléstias que têm, sem dúvida, função preponderante nos serviços de purificação do espírito, surgindo com a criatura no berço ou seguindo-a, por anos a fio, na direção do túmulo.


Nesse sentido, Joseph Gleber, pela psicografia de Robson Pinheiro, no livro A Alma da Medicina, vai nos dizer que a mente é a base de tudo no universo. E que o corpo é a materialização da mente imana, ao passo que o cérebro  é o órgão através do qual ela se manifesta e transmite ao corpo o resultado daquilo que está registrado nos bancos da memória espiritual.


Ou seja, na maioria esmagadora dos casos, as doenças, as enfermidades, decorrem da mente, são reflexos de registros dos sentimentos, pensamentos, atitudes e comportamentos da criatura.


Saúde e doença, estados emocionais e alterações morfológicas e moleculares, bem como deficiências de qualquer espécie, que resultam em alterações funcionais do organismo ou de parte do organismo, na sua grande maioria estão relacionados aos processos mentais.


Pensemos assim: o corpo é uma grande tela onde a mente projeta as emoções cultivadas por nós mesmos. A mente associa cada órgão a um gênero de emoção e cada enfermidade a um desequilíbrio emocional equivalente.


Daí já temos um vislumbre daquilo que é necessário que façamos para a reprogramação da nossa mente, aprendendo a redirecionar e recompor nossas emoções desequilibradas. Não podemos nos esquecer, todavia, que ninguém poder fugir ao enfrentamento das consequências dos atos já praticados no passado, que vão se materializar no corpo físico e psicossomático, como elemento promotor de reparação e reeducação.


O modo como interagimos uns com os outros, dentro de casa, em sociedade, o sentimento que nutrimos por nós mesmos e pelo outro, as nossas atitudes, até mesmo o nosso modo de sentar e levantar, o modo como lidamos com as coisas à nossa volta, tudo influencia de maneira poderosa a nossa mente. Porque tudo é energia.


Entre o campo da consciência e o corpo físico existe um mundo de energias, já demonstrado tanto pela ciência espírita como pela ciência humana moderna. Joseph Gleber nos ensina que nesse campo energético, representado também pelo duplo etérico e pelo psicossoma, originam-se, muitas vezes, os conflitos que geram as enfermidades.


A doença é, assim, o efeito do acúmulo ou do desgaste de energias que atinge os corpos superiores; é o resultado de um conflito energético ou emocional, podendo ser visto como um processo de evolução ou de expurgo de fluidos densos.


Como fator evolutivo, a enfermidade que desarmoniza o homem transforma-se em objeto de despertamento da consciência para a solução dos conflitos íntimos. Uma vez que o conflito é solucionado com a reeducação dos impulsos da alma, a enfermidade perde a razão de existir. - Robson Pinheiro por Joseph Gleber - livro Além da matéria

Emmanuel nos explica no Livro Religião dos Espíritos,  que todos sabemos que a prática do bem é simples dever e que a prática do bem é o único antídoto eficiente contra o império do mal em nós próprios. Emmanuel nos alerta que: entretanto, rendemo-nos, habitualmente, às sugestões do mal, criando em nós não apenas condições favoráveis à instalação de determinadas moléstias no cosmo orgânico, mas também ligações fluídicas aptas a funcionarem como pontos de apoio para as influências perniciosas interessadas em vampirizar-nos a vida.


A mente nunca falha. Dessa forma o corpo e o mundo a nossa volta responde sempre de acordo com os sentimentos, pensamentos, emoções, satisfações e insatisfações que desenvolvemos em nós mesmos.


Nossas posturas equivocadas, as emoções descontroladas, as paixões desenfreadas deixam marcas profundas nas células sutis do corpo espiritual, que podem emergir do passado em forma de conflitos psicológicos ou enfermidades físicas. E o reajuste, muitas vezes, leva um longo tempo no trabalho de nos reequilibramos novamente.


A integração entre espírito-perispírito e corpo físico é tão grande e se manifesta em tal intensidade que o nosso sistema nervoso responde de forma automática aos impulsos advindos do espírito. - Robson Pinheiro por Joseph Gleber - livro Além da matéria

Joseph Gleber nos explica que as energias e emoções vividas pelo espírito encarnado influem profundamente nas funções vegetativas (funções que mantem o corpo vivo, funções automáticas como a digestão), atingindo o sistema simpático e parassimpático com a densidade característica desses focos de desarmonia.


O sistema nervoso simpático é catabólico e ativa as respostas de luta ou fuga. O sistema nervoso parassimpático é anabólico; ele conserva e restaura. Por exemplo, enquanto o sistema simpático aumenta o ritmo cardíaco, as fibras parassimpáticas são responsáveis pela diminuição desse ritmo.


Joseph Gleber nos explica que o acúmulo de energia densa pode gerar distúrbios e toda forma de enfermidades inflamatórias, envolvendo o órgão afetado com uma carga de fluido denso e uma aura densa e sem brilho, que é absorvida pelo órgão, causando a enfermidade local.


Emmanuel nos diz algo similar no Livro Religião dos Espíritos:


Seja na ingestão de alimento inadequado, por extravagâncias à mesa, seja no uso de entorpecentes, no alcoolismo mesmo brando, no aborto criminoso e nos abusos sexuais, estabelecemos em nosso prejuízo as síndromes abdominais de caráter urgente, as úlceras gastrintestinais, as afecções hepáticas, as dispepsias crônicas, as pancreatites, as desordens renais, as irritações do cólon, os desastres circulatórios, as moléstias neoplásicas, a neurastenia, o traumatismo do cérebro, as enfermidades degenerativas do sistema nervoso, além de todo um largo cortejo de sintomas outros, enquanto que na crítica inveterada, na inconformação, na inveja, no ciúme, no despeito, na desesperação e na avareza, engendramos variados tipos de crueldade silenciosa com que, viciando o próprio pensamento, atraímos o pensamento viciado das Inteligências menos felizes, encarnadas ou desencarnadas, que nos rodeiam.


Exteriorizando ideias conturbadas, assimilamos as ideias conturbadas que se agitam em torno de nosso passo, elementos esses que se nos ajustam ao desequilíbrio emotivo, agravando-nos as potencialidades alérgicas ou pesando nas estruturas nervosas que conduzem a dor.


Mantidas tais conexões, surgem frequentemente os processos obsessivos que, muitas vezes, sem afetarem a razão, nos mantêm no domínio de enfermidades, — fantasmas que nos esterilizam as forças e, pouco a pouco, nos corroem a existência.


Como o corpo físico reflete o estado dos outros campos de manifestação da consciência espiritual, o estado psicológico da criatura relaciona-se sempre com o seu estado físico, de forma a interagir de forma perfeita e gerando situações que podem ser classificadas de doença ou saúde.


André Luiz, no livro O Espírito da Verdade, por Chico Xavier nos lembra que doença é contingência natural, inevitável às criaturas em processo de evolução; por isso, esforce-se por abolir inquietações quanto a problemas de saúde física, atendendo ao equilíbrio orgânico e confiando na Vontade Superior.


Os focos de desarmonia, quer sejam eles emoções desequilibras, irritabilidade, nervosismo, tristeza, melancolia, depressão, requerem um ponto de equilíbrio, que a terapia evangélica aconselha através da reeducação.


Reeducar-se é procurar o ponto de equilíbrio entre a matéria e o espírito. - Robson Pinheiro por Joseph Gléber, livro Além da matéria

Joseph Gléber nos diz que nunca a reeducação significa fuga ou excesso. Sempre o Evangelho nos aconselha o método do amor ágape e do autoamor.


Semelhante orientação nos dá Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, no livro Religião dos Espíritos, nos aconselha: Guardemo-nos, assim, contra a perturbação, procurando o equilíbrio e compreendendo no bem, — expressando bondade e educação, — a mais alta fórmula para a solução de nossos problemas.


Joseph Gléber nos diz no livro Medicina da Alma, pela psicografia de Robson Pinheiro que a terapia dos ensinamentos evangélicos e espiritistas, convidando-nos a realizar a reforma em nossas vidas, transformando comportamentos, palavras, ações e sentimentos, é, na realizadde, o recurso por excelência  que elevará o quantum vibratório do psiquismo do ser, extravasando para o físico as manifestações saudáveis de suas vivências íntimas.


Lembremo-nos, desse modo, que na vida, colhemos, no tempo, o que plantamos em nossa jornada. No raio de ação de nossa individualidade, somo condutores vivos e conscientes da necessidade de viver o bem e no bem.


O estado de saúde ou doença depende de nós, de nossas escolhas. Se hoje estamos no processo de enfermidade, agradeçamos ao Criador a oportunidade de reajuste perante a sua Lei de Amor, e façamos, a partir desse momento, o esforço de buscar o aprimoramento moral e tenhamos a perseverança de caminhar no bem.


Oração é ferramenta de imenso auxílio àquele que está doente. Equilibra as emoções, pacifica o pensamento e asserena a alma.


Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros para que sareis.” Tiago, 5.16

Emmanuel, no livro Vinha de luz, pela psicografia de Chico Xavier diz que a cura jamais chegará sem o reajustamento íntimo necessário, e quem deseje melhoras positivas, na senda de elevação, aplique o conselho de Tiago; nele, possuímos remédio salutar para que saremos na qualidade de enfermos encarnados ou desencarnados.






8 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
CÉU E INFERNO

CÉU E INFERNO

VIRTUDES

VIRTUDES

Comments


bottom of page